Náustria e Zé Maria: ênfase na geração de emprego


Emprego e renda estão na pauta prioritária de dois pré-candidatos petistas no Rio: José Maria Rangel, que pretende disputar uma cadeira na Câmara federal, e Náustria Albuquerque, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Os dois inauguraram a série especial Eleições do Soberania em Debate, que vai entrevistar pré-candidaturas com projetos voltados à reconstrução do Rio de Janeiro e do Brasil, com emprego, justiça, soberania.

A taxa de desemprego no território fluminense é de 18%, em comparação a 14%, em média, no país, diz Náustria, petroleira, feminista e secretária de organização do PT na região de Centro e Zona Sul. Segundo ela, o desmonte provocado pela Operação Lava Jato na Petrobras e na engenharia nacional, atingiu toda a cadeia de óleo e gás.

Por isso, Zé Maria pretende se dedicar à recuperação da Petrobras, “mola indutora do país, com uma fantástica capacidade de gerar emprego”, na avaliação do ex-dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e atual coordenador da setorial de energia do PT. Também defende outras pautas de restabelecimento do desenvolvimento econômico e da soberania nacional.

“É fundamental derrubar a PEC do Teto [emenda constitucional que limita os gastos do governo] para urgentemente destravar os investimentos públicos, e também acabar com a autonomia do Banco Central. Não tem como o Banco Central estar completamente desconectado do presidente eleito. Precisamos restabelecer nossa soberania, o que passa por recuperarmos a Petrobras.”

Zé Maria ressalta que, neste momento, há 15 novos FPSO (plataformas ou unidades flutuantes para produção, armazenamento e transferência de petróleo) sendo construídos fora do país. “Essas plataformas poderiam estar gerando no Brasil emprego, renda, engenharia, tecnologia… e estamos fazendo lá fora. É um exemplo de como a Petrobras pode voltar a ser uma das molas indutoras do desenvolvimento nacional.”

O pré-candidato a deputado federal lembra que, em 2014, a Petrobras apresentou um plano de negócio com previsão de US$ 220 bilhões de investimentos em quatro anos, total que atualmente se reduziu a cerca de US$ 75 bilhões. “As pessoas não têm noção do impacto disso no PIB. Recuperar tudo isso vai dar trabalho, mas temos que tentar, não podemos parar de sonhar.”

Nessa direção, Náustria observa que o Rio de Janeiro, produtor de petróleo, precisa buscar com um bancada forte a reativação da indústria naval no estado. “Nossa luta, nossa defesa, é para que a gente tenha uma Petrobras que volte a cumprir seu papel social, ajudando a desenvolver o estado”, diz Náustria. “Em 2014, só no Rio, a indústria naval gerava 36 mil empregos; hoje em dia, quando passo em São Gonçalo, Angra dos Reis, Niterói, tenho até vontade de chorar: agora não são nem mil, praticamente apenas pessoal para fazer manutenção de alguns cascos de navios e de plataformas. Por isso, um dos eixos principais da campanha é lutar por emprego.”

> Soberania em Debate é realizado pelo movimento SOS Brasil Soberano, do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ)

> Confira o Soberania em Debate com os pré-candidatos pelo PT do Rio de Janeiro, respectivamente ao Congresso e à Alerj, José Maria Rangel e Náustria Albuquerque, entrevistados pela jornalista Beth Costa e pelo advogado e cientista político Jorge Folena, ambos da coordenação do SOS Brasil Soberano

 

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