Nesta sexta-feira (22), trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil irão às ruas participar do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência. Estão previstos protestos em todos os estados contra a reforma da Previdência enviada ao Congresso pelo governo federal. No Rio de Janeiro, a partir das 16h, acontecerá um ato unificado, com caminhada da Igreja da Candelária até a Central do Brasil.
Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, afirma que a data é um dia de alerta para que a classe trabalhadora se conscientize sobre a realidade do Brasil – de ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Entre as principais perversidades da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) estão a obrigatoriedade da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para mulheres, o aumento do tempo de contribuição 15 para 20 anos e o fim das condições especiais para trabalhadores rurais e professores terem direito ao benefício. A PEC da reforma da Previdência traz, ainda, a possiblidade de implantação do regime de capitalização, em que o trabalhador contribui mensalmente, em uma conta individual, administrada por financeiras privadas.
Em países como México e Chile, onde o sistema foi adotado, Sérgio Nobre observa que o que se viu foi a redução drástica do poder aquisitivo dos idosos, com epidemia de suicídios no Chile. “Esse sistema de capitalização da previdência não serve para nada além de atender aos interesses dos bancos, tirando o dinheiro do trabalhador. É preciso entender que a Previdência também ampara as pessoas na viuvez, nos acidentes de trabalho, na doença; e, se houver um desmonte, o estrago será irreversível.”
O desmonte do sistema previdenciário, o fim do sonho da aposentadoria e a tentativa do governo federal de ‘acabar de vez’ com as leis trabalhistas são motivos para que o trabalhador reaja é vá às ruas na sexta-feira 22, Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, destaca o dirigente.
“A vida do trabalhador nunca foi fácil, mas foi sempre em momentos de dificuldade que a nossa luta conquistou e manteve direitos. E agora não pode ser diferente”, diz Sérgio, reforçando também a necessidade de pressionar parlamentares para que votem contra a proposta porque, segundo ele, é desta maneira que se sensibiliza parlamentares: “tem que dizer ‘camarada’, votei em você para melhorar a vida do povo e não para tirar direito do trabalhador”.
SERVIÇO
Dia 22 de março de 2019
Início: 16h
Igreja da Candelária, para passeata até Central do Brasil
Término: 22h
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Fonte: informações da CUT-Rio