Bruno Leal/Agência Café História*
Na manhã desta quinta-feira, a comunidade acadêmica brasileira começou a se posicionar institucionalmente em relação ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorridos ontem no bairro do Estácio, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com notas de pesar e solidariedade.
O Instituto de História e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH/IFCS/UFRJ), conjuntamente, sublinharam que “a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil perdem uma corajosa feminista” e que a “brutalidade é a resposta dos fascistas, que não reconhecem a força do diálogo e da política”.
Já o Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembrou que Franco “era uma mulher combativa que dedicou sua vida à defesa dos Direitos Humanos”. Diz ainda esperar que sua memória “seja combustível para a luta em favor de um país menos desigual, livre, soberano e justo, principalmente para as camadas menos abastadas da população que reconheciam em Marielle uma voz que defendia, com ética e coragem, uma vida melhor para todos e todas”.
O Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) também se manifestou sobre as mortes. “A brutal execução de uma parlamentar eleita, com amplo histórico de defesa dos direitos civis e das minorias, mulher e negra, representa um inequívoco agravamento do quadro político e social da cidade do Rio de Janeiro e do país”.
Todos as notas sublinham a necessidade de investigações rigorosas.
Um grande ato de protesto está marcado para o final da tarde desta quinta-feira em frente a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
* Reportagem de Bruno Leal publicada pela Agência Café História em 15/03/2018