“O jogo só acaba quando termina”, diz Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, sobre o avanço das negociações para venda da divisão comercial da Embraer para a Boeing. Embora o acordo tenha sido autorizado durante assembleia geral extraordinária realizada no dia 26 de fevereiro, ele diz que o governo tem o direito de usar sua “golden share” e intervir nos termos da transação até o último minuto, antes de sua conclusão.
Segundo a proposta submetida à assembleia geral, a Boeing deverá pagar US$ 4,2 bilhões por 80% da nova companhia, na qual a Embraer deterá os 20% restantes do capital acionário. Autoridades regulatórias ainda precisam aprovar os termos do negócio. Ao Portal 247, Pedro Celestino alertou para o grande risco de perda para o país: “A Embraer é a nossa empresa de maior valor tecnológico. Dos seus 18 mil funcionários, 7 mil são engenheiros. O que é importante na Embraer é a sua cabeça, a sua capacitação tecnológica, dada pelo conjunto de profissionais especializados que nela trabalham”, afirma.
Confira a entrevista completa:
