Vitória da mobilização popular assegura soberania nacional na Amazônia

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Temer se dobra à resistência da sociedade: seu projeto de vender a Amazônia ao grande capital internacional é paralisado.

O Governo Temer, em um ano de poder, sabe que fracassou em seus objetivos econômicos e que não possui qualquer legitimidade: 93% de toda a população brasileira são contra seu governo, recorde de rejeição popular em toda a República. No desespero de se apegar ao cargo e ao título usurpado – posto que a alternativa ao Palácio do Planalto é o Presídio da Papuda -, Temer busca apoio no único setor que pode, ainda, garantir de forma ilegítima seu governo: o grande capital internacional. Para agradá-lo e tornar-se indispensável, iniciou um selvagem processo de venda do patrimônio nacional, desde a Casa da Moeda, passando por áreas estratégicas como a Eletrobrás, até a própria Amazônia – resultado da luta de gerações de brasileiros.

O horizonte de Temer é curto: resume-se à nova denúncia de obstrução da Justiça e de formação de grupo para delinquir, a última proposta apresentada até agora pela PGR. Para garantir votos contra seu impedimento e provável prisão, Temer e seus acólitos consumaram o maior de todos os crimes. Não satisfeitos em levar a patamares nunca vistos antes neste país a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras, destruir a Educação, a Ciência & Tecnologia, Temer atentou desta vez, descaradamente, contra a Soberania e a Integridade Nacional, o futuro do país e das próximas gerações de brasileiros, ameaçando leiloar a Amazônia aos interesses estrangeiros.

Por meio do impatriótico Decreto no. 9.142, do último dia 28 de agosto, os lesa-pátria extinguiam a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). Trata-se de uma área do tamanho da Dinamarca, entre o Pará e o Amapá, rica em minerais como ouro, cobre, ferro, manganês, diamante, além de terras e águas, de imensa biodiversidade, lar de populações ancestrais como os Waiãpi e quilombolas.

Tudo isso em nome do "esforço fiscal" patrocinado pelo ministro Henrique Meirelles. Ou seja, fracassado o Plano Meirelles, não conseguindo fazer o Brasil sair da grande depressão resultante das medidas de cortes de investimentos – paralisia do PAC, extinção dos Programas Sociais dos governos Lula e Dilma, além da destruição da Engenharia Nacional patrocinada pela dita Operação Lava-Jato, que acaba com empregos, fecha empresas e liberta empresários corruptos –, Temer e seus acólitos decidiram vender o Brasil.

Vender o futuro das gerações de brasileiros no exato momento em que o mercado de bens minerais – que serão extraídos com a destruição da Floresta – está em crise, com preços em baixa no comércio mundial. Ele quer destruir a floresta, expulsar os pequenos produtores e os povos ancestrais para dar ao estrangeiro nossas riquezas a preço aviltado, praticamente de graça.

Com uma política econômica burra e antipopular, Temer, Meirelles & Cia. buscam abrir a Amazônia brasileira para que os interesses e a cobiça de estrangeiros finquem lá suas bandeiras, e ameaçam a soberania nacional. Exatamente por isso, num ato de brasilidade, os Militares, em 1984, haviam criado a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), que fechava a porta da Amazônia à cobiça estrangeira. Pois bem, na mesma semana que o general Comandante da Região Militar da Amazônia denunciava cortes astronômicos no orçamento de defesa e integração da região – com fechamento de aeródromos, de patrulhas fluviais, de postos de fronteiras e missões contra pirataria e o tráfico –, Temer & Cia. anunciaram, em comum e prévio acordo com empresas estrangeiras, avisadas com antecedência pelo próprio ministro de Minas e Energia, que a Amazônia estava à venda.

O ato, de pura entrega da terra pátria, da destruição da Soberania Nacional e de ameaça aos bens e patrimônios da Soberania, da biodiversidade e da ancestralidade, recebeu a mais completa repulsa por parte da sociedade: sindicalistas, militares, artistas, movimentos sociais, intelectuais, trabalhadores, enfim, todos aqueles brasileiros com o coração no lugar certo do peito se uniram para dizer um sonoro “basta” a Temer e seus acólitos. Embora tenha seus deputados comprados e seus ministros domesticados e seus juízes comprometidos, Temer tremeu. Passo a passo percebeu que a Amazônia é nossa, é brasileira, e com a Amazônia ninguém brinca de mercador!

Sabíamos, há mais de um ano, do caráter ilegítimo e antipovo de Temer e acólitos; e eis que agora se rasga o véu e mesmo aqueles que não queriam ver – incluindo os que orgulhosamente gritam a saudação "Selva!" – devem reconhecer: Temer é uma grave ameaça à Soberania e à Integridade Nacional.

Revivemos agora uma importante lição: juntos somos mais fortes! Juntos podemos mais!

As ameaças permanecem. Por isso, é importante que a mobilização não se desfaça, e a resistência continue viva.

Fora Temer, eleições já!
Em Defesa da Soberania Nacional!

PROJETO SOS BRASIL SOBERANO

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