Em um ano de governo Temer, total de desempregados cresce 23,1% e chega a 14 milhões de pessoas

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Os dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desocupação do trimestre móvel encerrado em abril foi de 13,6%, o que representa 14 milhões de pessoas sem trabalho no país, um número 23,1% superior ao total do mesmo período em 2016. Isso significa que, em um ano de governo Temer (completado em 15 de maio), o Brasil passou a ter mais 2,6 milhões de desempregados.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior (novembro a janeiro, de 12,6%), houve alta de 8,7% no número de pessoas sem trabalho, ou 1,1 milhão a mais; e expansão de um ponto percentual na taxa de desocupação. Comparado com o mesmo período de 2016 (taxa de desocupação de 11,2%), quando a presidenta eleita Dilma Rousseff ainda estava no governo, a taxa cresceu 2,4 pontos percentuais.

A população ocupada (89,2 milhões de pessoas) caiu 0,7% em comparação a novembro de 2016/janeiro de 2017 (89,9 milhões de pessoas); e 1,5% a igual trimestre de 2016, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas – uma redução de 1,4 milhão de pessoas. Há um ano, também havia 1,2 milhão a mais de empregados com carteira assinada, ou seja, 34,5 milhões, contra 33,3 milhões, no trimestre fevereiro a abril de 2017, equivalente a uma queda de 3,6% nestes 12 meses. Em relação ao trimestre anterior, a redução é de 1,7% (menos 572 mil pessoas).

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O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 2.107) ficou estável frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (R$ 2.095) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.052). Também não houve variação significativa na massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 183,3 bilhões), tanto em relação ao trimestre passado (R$ 183,5 bilhões), quanto ao mesmo período do ano anterior (R$ 181,2 bilhões).

Na análise dos empregos por grupo de atividade, em relação ao trimestre anterior (novembro de 2016 a janeiro de 2017), a maior retração foi no setor de construção (-4,1%), seguido pelos de reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,6%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,4%). Houve expansão apenas em indústria geral (1,8%) e alojamento e alimentação (3,0%). Nos demais, o quadro foi de estabilidade.

O IBGE considera desempregado quem está sem ocupação e procurou trabalho nos 30 dias anteriores à semana de coleta de dados. A perda de empregos no setor da construção civil é particularmente significativo, pelo impacto provocado na economia informal, que tem muitas vezes sustentado trabalhadores que desistiram de procurar empregos com carteira assinada, e não aparecem na pesquisa.

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