É preciso falar de Marielle Franco – Silvio Tendler

O cineasta Silvio Tendler faz um paralelo entre o assassinato da vereadora do PSOL-RJ Marielle Franco, executada a tiros na noite de 14 de março, em um crime que matou também seu motorista Anderson Gomes, e o do estudante Edson Luís, em 28 de março de 1968, há 50 anos. Marielle havia saído de um evento na Casa das Pretas, espaço coletivo de mulheres negras na Lapa. Edson Luís  era estudante secundarista e foi assassinado por policiais militares, durante repressão a uma manifestação estudantil no restaurante Calabouço, no Centro. Sua morte provocou revolta e protestos contra a ditadura no país, inclusive, no dia 26 de junho, a Passeata dos Cem Mil, no Rio, com trabalhadores, políticos, artistas, professores, religiosos e estudantes.

“Espero que a triste, trágica morte da vereadora sirva como uma chispa para incendiar os nossos corações”, afirmou Silvio Tendler, em depoimento dado durante o Fórum Social Mundial 2018, quando participou de debate sobre o seu filme “Dedo na ferida”, ganhador do prêmio do júri popular para melhor filme no Festival do Rio. 16/03/2018, Salvador.

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