Advogados de Lula recorrem ao STF e novamente à ONU em defesa da sua candidatura

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Os advogados de Lula protocolaram nesta terça (4) recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, com pedido de liminar na esfera eleitoral e criminal para que o ex-presidente tenha direito de registrar sua candidatura dentro dos dez dias dados pelo TSE para substituição do seu nome pelo de Fernando Haddad na disputa das eleições presidenciais. Segundo o deputado federal Wadih Damous (PT_RJ), o partido denunciou ontem (3) na ONU a desobediência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou a determinação do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para que Lula pudesse participar da campanha, mesmo preso, até que fossem julgados os últimos recursos do processo.

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Para Wadih, o STF teria que julgar logo o mérito do processo que condenou Lula, antes de inviabilizá-lo eleitoralmente. “Isso seria o correto: que o STF admitisse e julgasse o recurso extraordinário”, diz. “Ele foi condenado sem provas e está sendo impedido de concorrer por uma decisão injusta. Faço um desafio ao STF: julguem o o processo do triplex, examinem aquela farsa jurídica e o declarem inocente.”

Wadih Damous esteve em Curitiba (PR) nesta terça (4), visitando Lula na Polícia Federal. Ontem, o vice da candidatura Lula e eventual substituto na cabeça da chapa , Fernando  Haddad, também esteve com o ex-presidente, que, segundo ele, está “indignado” com o relatório do ministro do TSE Luis Roberto Barroso, aprovado por 6 a 1 (com divergência do ministro Fachin), impugnando sua candidatura. O voto de Barroso, na avaliação de Haddad, “é um deboche com o povo brasileiro”, um "panfleto político", sem respeito à Constituição ou aos fundamentos jurídicos. Ele garante que o PT vai insistir na candidatura Lula, “porque é o que o povo quer”.

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